sexta-feira, 24 de abril de 2009

O desespero de uma mãe...

Em uma entrevista dada ao jornal Zero Hora, podemos ter uma vaga idéia do que é o desespero de uma mãe quando o filho está entregue ao mundo das drogas, desespero tão grande que é capaz de atos fora do comum, mesmo que acidentalmente o tiro disparado matou o filho, que na verdade já estava quase morto, porque a droga sempre levará a morte, faz parte da cultura de morte e não da cultura de vida.


Ficam algumas frases que me impressionaram:

“Filho único. Ele sempre me dominou. Tinha um jeitinho de pedir as coisas que eu não podia negar. Quando não estava no crack, era muito carinhoso. Era a mãezona dele. Às vezes, eu brigava com meu marido, que era mais enérgico, para defender ele. Foi muito mimado por mim. Acho que foi esse meu defeito.”



Nós mães e eu me incluo nesta lista, temos a tendência de querer proteger nossos filhos de todas as frustrações e adversidades da vida. Muitas vezes impedimos que o pai cumpra o seu papel de dar a Lei, o limite para os nossos filhos. É preciso que constantemente estejamos revendo nossas atitudes e é preciso também que pai e mãe exerçam com clareza as suas funções.

Enquanto a mãe é aquela que acolhe e protege o pai precisa preparar o filho para entregá-lo ao mundo, apresentando as regras de convivência em sociedade, esse processo é muito importante para um desenvolvimento saudável do ponto de vista emocional.

Outra frase de impacto da reportagem:

"Na infância, acho que a mãe deve deixar de trabalhar e se dedicar absolutamente às famílias.”

Gente, respeito a opinião dessa mãe, mas não acho que as mães se tornam melhores porque estão 24 horas por dia com seus filhos. Se fosse assim na periferia, onde as mães estão em casa sem emprego, somente cuidando dos filhos a droga não entraria. O problema está no grau de atenção que a criança recebe, podemos ficar 24 horas em casa e não olharmos para os nossos filhos.

Não quero dizer que esse foi o problema desta mãe, longe de mim julgar, até porque inúmeros fatores contribuiram para que ese jovem morresse de forma tão trágica, mas quero ressaltar que boas mães são aquelas que conseguem manter um certo equilíbrio na sua vida ou seja, desempenham vários papéis: mãe, mulher, esposa, profissional...
Dando claro uma maior relevância ao papel de mãe, porém esse não deve ser o único papel desempenhado pelas mulheres, porque mãe boa é aquela que está de bem com a vida!























a que consegue se realizar

A panela e o urso

Segue a mensagem enviada pela Lu Mãe da escola:

Um bela reflexão para uma sexta-feira.
Bjs,
Lu Zanolette (mãe do Leonardo)
_____________
Um grande urso, vagando pela floresta, percebeu que um acampamento
estava vazio, foi até a fogueira, ardendo em brasas, e dela tirou um panelão
de
comida. Quando a tina já estava fora da fogueira, o urso a abraçou com
toda sua força e enfiou a cabeça dentro dela, devorando tudo.
Enquanto abraçava a panela, começou a perceber algo lhe atingindo.
Na verdade, era o calor da panela... Ele estava sendo
queimado nas patas, no peito e por onde mais a panela encostava.
O urso nunca havia experimentado aquela sensação e, então, interpretou
as queimaduras pelo seu corpo como uma coisa que queria lhe tirar a
comida.
Começou a urrar muito alto. E, quanto mais alto rugia, mais apertava a
panela quente contra seu imenso corpo.Quanto mais a tina quente lhe
queimava, mais ele apertava contra o seu corpo e mais alto ainda rugia.
Quando os caçadores chegaram ao acampamento, encontraram o urso
recostado a uma árvore próxima à fogueira, segurando a panela de comida
O urso tinha tantas queimaduras que o fizeram grudar na panela e, seu imenso
corpo,
mesmo morto, ainda mantinha a expressão de estar rugindo.
*Reflexão do TUTOR:*
Quando terminei de ouvir esta história de um mestre, percebi que, em
nossa vida, por muitas vezes, abraçamos certas coisas que julgamos ser
importantes.Algumas delas nos fazem gemer de dor, nos queimam por fora e
por dentro, e mesmo assim, ainda as julgamos importantes.
Temos medo de abandoná-las e esse medo nos coloca numa situação de
sofrimento, de desespero.
Apertamos essas coisas contra nossos corações e terminamos derrotados
por algo que tanto acreditamos e protegemos.
Para que tudo dê certo em sua vida, é necessário reconhecer, em certos
momentos, que nem
sempre o que parece bom aos nossos olhos....no final poderá ser
amargoso....e não vai lhe dar condições de prosseguir.
Tenha a coragem e a visão que o urso não teve.
Tire de seu caminho tudo aquilo que faz seu coração arder e sofrer.
Liberte-se de coisas que está escravizando a sua vida... e que pode colocar
sua vida em perigo.
Tenha sempre a coragem de acabar com situações que te fazem sofrer tanto.
Portanto....SOLTE A PANELA! mas faça isso agora
Anda solta logo... .antes que seja tarde.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Acantonamento 2009

Bom dia! Hoje escrevo especialmente para os pais e mães...

Foi muito legal o acantonamento realizado aqui na escola no dia 17/04.

As crianças adoraram, e os pais ficaram assim meio "orfãos" dos filhos.

Sabe o que é? Na idade das crianças que participaram do acantonamento ( 3 e 4 anos), os pais ainda não se deram conta que os filhos anseiam por autonomia, eles querem sim se desgrudar, criar identidade, realizar as coisas do seu jeito e ver no que dá.

Talvez essa seja a coisa mais difícil na vida dos pais e das mães, perceber que eles são nossos filhos, mas não são nossos, é preciso entregá-los para o mundo.

Na sexta-feira eles vieram dormir na escola, quando vocês perceberem, e isso acreditem, por experiência própria, acontece num piscar de olhos, eles terão uma mochila nas costas e dirão:

"Tô indo, vou viajar com a galera", e só vai restar a nossa oração para que sejam protegidos pelos anjos e por aquilo que nós acreditamos que conseguimos ensinar a eles.

Por hora é bom ir se acostumando e não esquecer que a paternidade e a maternidade serão exercidas pelo resto da vida, porém precisamos de outras funções menores para nos distrair, neste processo de entrega dos filhos ao mundo...

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Aprender é quase tão lindo quanto brincar ...


Aprender é apropriar-se da linguagem; é historiar-se; é recordar o passado, para despertar-se ao futuro. Aprender é reconhecer-se, admitir-se. Crer e criar. Arriscar-se a fazer dos sonhos textos visíveis e possíveis.
Brincando descobre-se a riqueza da linguagem; aprendendo vamos nos apropriando-nos dela.
Alícia Fernandez

REFLEXÕES DA REUNIÃO DE APRESENTAÇÃO DA PROPOSTA PEDAGÓGICA


TAREFA EDUCATIVA:
  • CONSTRUÇÃO DA AUTOESTIMA , DA AUTONOMIA, E DA AUTORIA:
    “Ter nascido já foi um golpe de sorte: somos fruto de uma fecundação específica; qualquer variação teria redundado em alguém completamente diferente de nós mesmos. O mundo que nos recebeu também estava ali à revelia de nossa escolha, demos sorte ou azar de cair, onde e quando nos tocou. Só ao longo da vida é que ganhamos alguma autoria de nossos passos”. DIANA CORSO PSICANALISTA

    AUTOESTIMA:
    É uma capacidade essencial na vida das pessoas:
    É preciso gostar-se para reconhecer-se como capaz, para conquistar a autonomia.
    Só quem se gosta e se conhece, é capaz de se colocar no lugar do outro.
    AUTONOMIA
    Como afirma Kamii, seguidora de Piaget, "A essência da autonomia é que as crianças se tornam capazes de tomar decisões por elas mesmas.
    Autonomia não é a mesma coisa que liberdade completa.
    Autonomia significa ser capaz de considerar os fatores relevantes para decidir qual deve ser o melhor caminho da ação.
    Não pode haver moralidade quando alguém considera somente o seu ponto de vista. Se também consideramos o ponto de vista das outras pessoas, veremos que não somos livres para mentir, quebrar promessas ou agir irrefletidamente". (Kamii C. A criança e o número. Campinas: Papirus).

Começou o tempo Pascal...


Páscoa...
É ser capaz de mudar,
É partilhar a vida na esperança,
É lutar para vencer toda sorte de sofrimento.
É ajudar mais gente a ser gente,
É viver em constante libertação,
É crer na vida que vence a morte.
É dizer sim ao amor e à vida,
É investir na fraternidade,
É lutar por um mundo melhor,
É vivenciar a solidariedade.
É renascimento, é recomeço,
É uma nova chance para melhorarmos
as coisas que não gostamos em nós,
Para sermos mais felizes por conhecermos
a nós mesmos mais um pouquinho.
É vermos que hoje...
somos melhores do que fomos ontem.