quinta-feira, 21 de maio de 2009

Falando sobre mordidas...

Nas escolas infantis é comum os pais e educadores ficarem constrangidos em função da ocorrência das mordidas. Muitos relacionam a mordida a uma agressão física grave. É importante que façamos alguns esclarecimentos, que podem ajudar a compreender os motivos que levam uma criança a morder.
As mordidas fazem parte do desenvolvimento das crianças, portanto até os três anos de idade se constitui em um comportamento “normal”. Essa questão ocorre muito mais na escola do que em casa, porque é na escola, que ocorre o convívio entre crianças da mesma faixa etária e com comportamentos típicos da idade.
A boca é o orgão responsável pela primeira leitura de mundo, ao mamar o bebê passa e entender o mundo que o rodeia. Conforme vai crescendo este mesmo bebê começa a estabelecer relações com os objetos e as pessoas com as quais convive, e quase tudo é encaminhado à boca. As crianças pequenas precisam, portanto, serem ensinadas a utilizarem os recursos dos quais seu corpo dispõe: a mesma boca que serve para comer e dar “beijinhos”, pode morder, a mesma mão que serve para tantas coisas também, pode afagar ou tapear o outro. A intensidade do ato é que dirá se este proporcionará prazer ou dor.
É preciso que nas situações de sala de aula ou em casa, a criança possa refletir sobre o seu comportamento. Aqui na escola o recurso que utilizamos é o diálogo no momento em que o conflito acontece. A criança que morde é chamada a reparar a mordida, através da colocação do gelo; estimulamos também que ela perceba o quanto o coleguinha está sentindo dor e ressaltamos que este não é um comportamento educado. Este é um trabalho sistemático que não oferece resultados rápidos, nem em curto prazo, é preciso retomar todos os dias as regras e combinações da sala e é necessário que as crianças se sintam encorajadas a agir de outra maneira da próxima vez. Essas questões envolvem um alto grau de subjetividade, onde os sentimentos dos educadores e das famílias interferem diretamente na conduta das crianças, portanto toda a ansiedade que ocorrer poderá ser transmitida e servir como estopim para novas mordidas. É preciso que os adultos percebam que as atitudes dos pequenos não são atos agressivos de extrema gravidade, e sim atitudes que devem ser “educadas”. As mordidas tendem a desaparecer, quando a criança passa a dominar melhor os recursos da linguagem; para isso elas precisam ser estimuladas a expressarem por palavras o que estão sentindo, precisam também entender que os conflitos fazem parte da vida em sociedade, porém é preciso buscar formas adequadas de resolvê-los.
Essas questões, quando bem encaminhadas, servirão para preparar as crianças para um convívio saudável, seja na escola, na família ou no mundo do trabalho. Pode até não parecer que isso se refletirá tão fortemente no futuro, mas se pensarmos um pouco, poderemos concluir a grande dificuldade que os adultos da sociedade atual, ainda têm de lidar com os conflitos e com pontos de vista divergentes. Podem acreditar essa aprendizagem se inicia bem cedo e depende da ação em conjunto da família com a escola.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Oficinas de teatro

Olá pessoal, a Bianca mãe da Helena está divulgando o evento abaixo, parece ser bem legal:

*Grupo Cuidado que Mancha, convida:
** *OFICINAS DE TEATRO:
Aos sábados, de 09 de maio a 11 de julho;
> Novos valores de mensalidade;
> Alunos das oficinas com ingresso para os espetáculos do Cuidado que Mancha> no Casarão Verde;
> Estacionamento no local;
> Inscrições até 16 de maio!
> Informações: 3028-3472 e 9955-5014 - Grupo Cuidado que Mancha.*> >