quinta-feira, 31 de março de 2011

Para os pais em adaptação na escola infantil



Achei essa reportagem bastante interessante e resolvi deixar aqui no blog, saiu na segunda feira passada no caderno Meu filho do Jornal Zero Hora, segue a mesma:

NOSSOS FILHOS | MILENA SCHOELLER

Tem hora certa para a creche?

Tenho me questionado há algum tempo sobre o assunto. Qual a melhor hora de colocarmos os pequenos na creche? Sou mãe do Antônio, de um ano e oito meses. Ele vai para a escolinha desde os sete meses. Como eu e o meu marido trabalhamos, em parte do dia no mesmo horário, não tivemos opção. E descobri, não de uma maneira feliz, que a escolinha tem dois lados. O Antônio nunca havia ficado doente, nem tomado antibiótico. Nunca havia sido deixado deitado na cama para dormir sozinho, e quando ia no colo de outras pessoas, chorava. Tudo isso, até ir para a escolinha.
Com oito meses, quando ele estava há um mês na creche, o primeiro susto. Uma forte gripe derrubou o meu pequeno. Foi como descobri a constatação óbvia: os vírus infantis circulam livremente pelas creches. Após mais de três idas à emergência de um hospital, o diagnóstico: bronquiolite aguda e pneumonia. Ficou internado por 11 dias. Depois da alta, ele retornou para a escolinha. E se seguiram mais e mais resfriados/gripes/viroses – uma por mês, em média. Até que, com um ano e três meses, nova internação: bronquite. Mais quatro dias no hospital.
Mas o outro lado, o bom, também existe. A creche ajuda a criar regras para as crianças, e no desenvolvimento em diversos pontos. Em casa, para o Antônio dormir, era preciso embalar, embalar e embalar. Na escolinha, aprendeu que, na hora de dormir, tem de deitar na cama e dormir – e é o que faz hoje. Não quer mais nem dormir na cama da mãe e do pai, quer a cama dele, no quarto dele. O Antônio tem amigos. Ele adora brincar, jogar bola, montar e desmontar jogos educativos. Aprendeu a dividir, a ser carinhoso. É esperto, já fala algumas dezenas de palavras, faz coreografias e cantarola canções que não fui eu quem ensinou. Aprendeu na escolinha. Claro que, se ele estivesse em casa, acredito que boa parte dessas coisas teria aprendido, mas talvez não tão rapidamente. O convívio com pessoas diferentes foi fundamental.
Coisas boas aconteceram, coisas ruins aconteceram. Mas hoje, vendo-o brincar, abraçar os colegas, jogar bola, ser sociável com todos, guardar cada brinquedo após as brincadeiras, acho que tomei a decisão certa ao colocá-lo na escolinha. Se tivesse escolha, acredito que o teria colocado alguns meses mais tarde na creche. Mas uma escola de Educação Infantil com regras e bons educadores traz desenvolvimento à criança. Foi isso que aprendi com o meu filho.
*Milena Schoeller tem 30 anos, é repórter da Rádio Gaúcha e mãe do Antônio, de um ano e oito meses


  

Um comentário:

  1. Boa tarde, gostaria de saber o e-mail da escola para poder comunicar-me, o meu é vicmachadosoares@hotmail.com. Grata desde já.

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