terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Três porquinhos: a história preferida do Maternal I

Por que as crianças gostam da história os três porquinhos...
Na nossa turma do Maternal I observamos que há um verdadeiro fascínio pela história dos três porquinhos; todos os dias nos pedem para recontá-la.
As crianças apreciam muito os contos de fadas e a razão para tal preferência é que os contos ajudam os pequenos a lidarem com as dificuldades e conflitos do desenvolvimento.
Segundo Diana e Mario Corso, as crianças pequenas apreciam a história dos três porquinhos porque esta oferece uma narrativa simples, sem muitos personagens: os bons de um lado e um malvado do outro. A trama embora simples toca a fundo as crianças pequenas, que afinal um dia terão que sair de casa e proteger-se sozinhas. O lobo tem a tarefa de tornar o medo concreto, pois afinal se o lobo é a causa do mal e do medo que a criança sente o mundo fica mais previsível e mais fácil de encarar.
Para a criança também há um conflito de separação do corpo materno, pois, ao mesmo tempo, que é difícil para ela “cortar” a simbiose, ela tem medo de ser novamente incorporada pelo corpo da mãe.
É importante salientar que essas fantasias se dão a nível inconsciente e que naturalmente a criança anseia por autonomia. Cada fase do desenvolvimento implica em perdas e ganhos, as histórias, principalmente os contos de fadas ajudam as crianças a irem enfrentando o difícil caminho rumo à autonomia. Entre outras questões a história dos três porquinhos ajuda a criança a elaborar os conflitos próprios da faixa etária, como o medo da separação da mãe e ajuda a desenvolver a capacidade de resolver conflitos.
Ler para os pequenos é uma atividade simples, mas com um resultado enorme, ajuda a fortalecer vínculos afetivos, a desenvolver a linguagem e a entender e ler o mundo, o que não é pouca coisa!
Bibliografia: A psicanálise dos contos de fadas - Mario e Diana Corso – ARTMED

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

O brincar

O brincar
Pesquisa:
46% das crianças preferem ganhar roupas a brinquedos.
33% brinquedos.
10% videogames.
Atividade preferida: ver televisão, seguida por brincar.
A brincadeira está morrendo?
O que os educadores têm a ver com isso?
Origem etimológica da palavra: brincar.
Qual a importância do brincar?
Brincamos para dominar angústias e controlar impulsos, assimilando emoções e sensações, para tirar as provas do Eu, estabelecer contatos sociais, compreender o meio, satisfazer desejos, desenvolver habilidades, conhecimentos e criatividade.
Os jogos e brincadeiras dão um senso de continuidade, permanência e pertencimento. Nos reporta ao passado, aos nossos antepassados e a nossa cultura.
Brincamos / jogamos porque estas atividades geram um espaço para pensar que desenvolve o raciocínio desenvolvendo o pensamento.
Favorece: a superação do egocentrismo; desenvolvimento da solidariedade; e da empatia (capacidade de se colocar no lugar do outro), introduz através do compartilhamento de jogos e brinquedos novos sentidos para a posse e para o consumo.
Em que condições é possível brincar?
O brinquedo ou a brincadeira é melhor quando oportuniza a ação física ou mental. Quando o indivíduo que brinca é sujeito da brincadeira e não mero espectador. Quando ele é provocado, desafiado. Nenhum brinquedo é um fim em si mesmo ele depende da ação de alguém para que possa assim ser classificado, por isso podemos concluir que não só os brinquedos propriamente ditos serão alvo de brincadeiras... O que faz um brinquedo ser brinquedo é a ação de quem brinca.
Intervenção do brincar, quer como finalidade terapêutica, quer como finalidade educativa.
O espaço como indicativo de facilitador ou inibidor das brincadeiras.
Para onde vai o brincar quando a infância acaba? Identificado por Winicott como substância da ilusão, na vida adulta responde pelo que é inerente à arte, à religião à cultura, enfim. No adulto sobrevive no manejo do imponderável, do inusitado, no humor na leveza de espírito, na capacidade de enfrentar o aleatório e o inesperado; o transe de alguns profissionais apaixonados; nos jogos da vida amorosa. Como crê Winicott, “é somente no brincar que o indivíduo, criança ou adulto, pode ser criativo e utilizar sua personalidade integral, e somente sendo criativo pode descobrir seu eu”. Assim a principal herança do brincar para a vida adulta é a criatividade. ( Fortuna 2000).
Viver para brincar, brincar para viver!
Fazer viver o brincar, quando nos tornamos “gente grande”, é uma forma de perpetuá-lo.
Adultos que assim vivem – para brincar e fazer brincar – podem estimular a construção de um outro senso de realidade, por meio do qual a participação social marcada por novo imaginário, novos princípios e valores, seja possível, através da solidariedade, ousadia e autonomia das atividades lúdicas. Brincando reconhecemos o outro na sua diferença e singularidade, e as trocas inter-humanas aí partilhadas podem lastrear o combate ao individualismo e ao narcisismo, tão abundantes na nossa época. Vivendo para brincar, fazem viver, pelo brincar, novas formas de vida.

Fonte: Revista Espaço pedagógico UPF – VIDA E MORTE DO BRINCAR – TÂNIA FORTUNA

2009

“Nada é permanente, exceto a mudança”. Heráclito
Estamos iniciando o ano e algumas mudanças ocorrem, a vida é feita de ciclos, quando terminamos um, um novo inicia, trazendo novidades, e é sobre essas novidades que segue o nosso informativo.
No ano de 2008 pudemos contar com a confiança irrestrita de vocês e não nos cansamos de agradecer o apoio que as famílias dão ao nosso trabalho, proporcionando que a escola se mantenha como referência na zona sul de Porto Alegre. Continuaremos empenhando nossos esforços, para que as crianças sintam-se felizes na nossa escola e que além de felicidade elas encontrem um espaço de aprendizagem e que desenvolvam todas as suas potencialidades de forma saudável.
Um novo ano pede mudanças, e em 2009, é preciso que ocorram avanços. Os alunos avançarão de turma de acordo com a sua faixa etária, alguns agora em janeiro, outros em março e outros ainda em julho.
Durante este período é importante que os pais passem tranqüilidade para as crianças, conversando a respeito das mudanças. As crianças tendem a gostar do novo, de novidades; quanto mais calmo esse conceito for para as famílias, mais fácil será a adaptação a novas educadoras.
Iniciaremos um projeto juntamente com o setor de psicologia para que os alunos possam pensar sobre “mudança” e comecem a entender que a vida é recheada delas, a natureza é uma fonte de exemplos concretos que ajudam a compreender que tudo muda.
Só não muda a proposta da escola, que será sempre acolhedora e que tem como objetivo principal a educação de nossos pequenos.
Com votos de um 2009, cheio de boas novidades,
Lu