segunda-feira, 19 de julho de 2010

Sobre a palmada...

Oi Lú!

Desde que recebi teu e-mail fiquei pensando,alias desde que soube da noticia
da lei fiquei pensativa...
Cresci nem muito levada nem muito anjinha mas levei umas boas chineladas e
palmadas, vi meu irmão levar bem mais, vi meus primos levarem muito mais e
na minha opinião injustamente algumas vezes.Com a Camille sempre tentei não
chegar ao extremo, confesso que nem sempre consegui.Concordo que a palmada é
mais um descontrole do que qualquer outra coisa.Mas o que considero mais
importante saber é se antes da palmada, ouve conversa,castigo ou se está
partindo para uma palmada por qualquer motivo?Como ser humano erramos e
nossos filhos estes de uma geração evoluída(como foi dito por outra
mãe:"...:noto que a geração da minha filha possui uma percepção diferenciada
e mais evoluida sobre o mundo e tenho percebido que estas crianças mais nos
ensinam do que nós a elas!!") sabem sim entender que nós pais também erramos
e será bem mais dificil se nao houver diálogo.Parto do principio da conversa
e do castigo,amor,compreensão,bom senso,explicação das atitudes tomadas
mesmo quando esta for uma palmada.Na minha opinião é uma lei tapa furo como
tantas outras da qual o interesse é qualquer outro menos o de realmente
proteger nossas crianças,pois quem vai fiscalizar?
EDUCAÇÃO! Com isto o governo deveria se preocupar,em dar estrutura para
escolas e professores ensinarem a pensar,onde todos tivessem acesso a
cultura,onde as crianças pudessem ser crianças, onde a criatividade fosse
alimentada para evolução,de novos cidadãos,novos pais.
Como disse eu mesma não escapei de levar umas palmadas,conheço pessoas que
levaram muitas e não foi por isso que viraram assassinos nem espancadores é
relativo,é personalidade, mas com certeza sem amor pra ensinar (com ou sem
palmadas)de nada adianta lei.
Bjo Raquel

Sobre a palmada...

OI LÚ,
POIS É ESTE ASSUNTO ESTÁ BEM POLÊMICO,COMO VC SABE E ME
CONHECE,CONVERSO,COLOCO DE CASTIGO E TBM DOU PALMADA,CONVERSEI COM VC E CONCORDO QUE É UM DESCONTROLE NOSSO.
ESTAMOS TENTANDO EVITAR CHEGAR AO DESCONTROLE MAS ELES NOS
TESTAM O TEMPO INTEIRINHO.
BEIJÃO

Sobre a palmada...

Bah Luluca, tu é fenomenal!!!
Sou contra tb a qq tipo de agressão física ou verbal. Nunca diga nunca, mas até
agora nunca batí nos meus filhos, como apanhei muito e isso me marcou demais,
pretendo não deixar que meus filhos passem pelo que passei.
Mas ao mesmo tempo entendo as pessoas que dão umas palmadas, pois as crianças nos
testam até nos irritar...
Cada caso é um caso, e cada situação tb...
Então prefiro conversar sempre, dar castigo, tirar coisas que eles gostam, e não bater.
bjs linda!

Gabi ( mãe do Mathias 4 anos e da Manuela quase 2 anos)

domingo, 18 de julho de 2010

Contribuição da mãe da Nicole

Oi Lu!
Primeiro quero te dizer que é ótimo poder contar com tuas opiniões. Seja como amiga,
seja como pedagoga.
Concordo quando vc diz que o problema não está na proibição e sim na falta de
alternativa para a palmada. Eu particularmente sou contra bater, pois realmente
acredito que violência ensina violência. Porém, acredito também no direito que os
pais têm de educar seus filhos da maneira que consideram mais adequada, claro, não
estou aqui defendendo quem bate nas crianças, acho isso lamentável. Mas não podemos
nos basear apenas nas leis para proporcionar educação aos nossos filhos, precisamos
sim ter consciência do que é colocar uma criança no mundo e principalmente sermos
responsáveis por esta criança. Amor, respeito, carinho, compreensão e diálogo.
Sabemos todos como é difícil às vezes segurar a raiva, a frustração quando os
pequenos nos testam, e sim, eles têm um talento incrível pra isso!
Enfim, sabes que tenho uma pequena com a personalidade forte, às vezes bem difícil de lidar, mas ela é minha maior alegria, então faço de tudo pra mostrar a ela o quanto a amo e por isso preciso ensiná-la a conviver e ser uma pessoa boa.
Não bato, nunca bati, mas confesso que às vezes tenho muita vontade!

Bjs
Mi

Contribuição da mãe da Sofia

Oi,
Penso que em pleno século XXI, parece um pouco "medieval" que um
presidente precise criar uma LEI para proibição da palmada.Em tempos de total desrespeito na relação aluno-professor, onde professores calam a boca de crianças com fita adesiva e que alunos
agridem física ou verbalmente professores, me pergunto quando tudo começou e onde vai parar.
Tenho pensado muito no que meus professores me falavam: estudei em escola pública e lembro-me dos professores repetidamente falarem queapesar da escola ser uma extensão da nossa casa e de passarmos muito tempo lá dentro, esta tinha a missão de contribuir para a educação e que a função educativa primordial deveria partir das famílias. Antigamente, até havia o péssimo hábito dos professores educarem na base do castigo físico, depois houve a conscientizacão da educação com diálogo mas parece que atualmente estamos vivendo o retrocesso.
Infelizmente, hoje tenho percebido cada vez mais que esta responsabilidade de EDUCAR tem sido JOGADA no colo dos profissionais da educação.
Nunca imaginei que precisasse de lei de proibição da palmada...
ora, desde quando professor tem o direito de dar palmada para precisar de uma lei de proibição??? Independente palmada ser certo ou errado, isso é de julgamento de PAIS e não de professores ou qualquer outro profissional da área de educação.
Morei dos 10 aos 11 anos nos Estados Unidos e lembro que meus pais comentavam muito sobre o modo americano de educar... Crianças "soltas", passavam o dia na escola e voltavam para a casa sozinhos fazendo o que bem queriam até que os pais voltassem do trabalho.Eu era a única que tinha uma mãe me buscando na porta da escola e hoje como mãe entendo que era mais do que o gesto de não me deixar voltar sozinha para a casa, mas sim... tinha o propósito de olhar atentamente aos acontecimentos, aos colegas provocativos de bullying e de riscos de uma criança solta a disposição de adultos mal intencionados. O resultado da desatenção familiar cultural dos americanos não é novidade para ninguém: adolescentes precoces e sem limites, adultos
desapegados ao carinho familiar.
Hoje esta é nossa realidade também, infelizmente.
Finalmente, acho uma lei tola e sem propósito e que deveria nos
levar a repensar e nos perguntar: "Afinal, como estou educando meu(s)
filho(s)? Qual o tamanho da minha responsabilidade na formação do
caráter do meu filho? O quanto estou responabilizando a escola pela
educação do meu filho? "
Não perco a esperança, noto que a geração da minha filha possui
uma percepção diferenciada e mais evoluida sobre o mundo e tenho
percebido que estas crianças mais nos ensinam do que nós a elas!!
Talvez estas crianças possam construir um mundo com conceitos mais
dignos e coerentes.
Bjs
Vanessa

sábado, 17 de julho de 2010

Sobre a Palmada



Na semana passada o presidente Lula, causou polêmica ao propor a proibição da palmada, o jornal Zero hora fez uma excelente reportagem sobre os prós e contras da palmada.
Alguns especialistas foram chamados para dar a sua opinião sobre o assunto, como sou Pedagoga e atuo na educação infantil há muito tempo, vou dar o meu parecer sobre o assunto: acredito que violência ensina violência, seja ela do tipo que for: física ou verbal.
Também, como sabem sou mãe de três meninos: dois adultos e um adolescente. Lá em casa sempre lançamos mão do diálogo e seria hipócrita se dissesse que nunca bati, sim já bati, algumas vezes, e o que senti é que eu estava descontrolada e não eduquei, só demonstrei minha vulnerabilidade.
A tarefa educativa é complexa demais, mas me chamou atenção o fato de como alternativa à palmada não aparecer a reparação como alternativa à palmada.
A reparação é o meio mais eficaz de educar. É a velha história: se quebrar conserte.
Colocar na cadeira do pensamento é dar um novo nome ao castigo e seria melhor a sinceridade de dizer:
 - Meu filho estás de castigo. 
Pensar não pode ser ruim.
Quando educamos para a reparação? 
Lá na escola, na situação mais corriqueira que temos, que é a mordida, convidamos quem mordeu a colocar gelo no local e cuidar do amigo, ou seja reparar.
É importante que pensemos se também, nós os adultos, estamos reparando os erros que cometemos, aí sim o exemplo seria mais eficaz.
A escola quer saber: você é favorável a proibição? O que pensa sobre o assunto?
Mandem seus e-mails, que eu postarei no blog.
abs

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Festa Julina

Olha só que legal a foto que a Vanessa nos mandou.
Estava muito boa realmente a nossa festa!!
Segue o e-mail e a foto:
OI!!!
Já que pediram fotos inusitadas, aí vão algumas da última festa Junina...
Apesar do frio, estava linda, animada e deliciosa. Não faltou calor humano, ai que saudades que vou ficar disto tudo! Amizades criadas e fortalecidas neste ambiente acolhedor... isto ficará para sempre em nossos corações!
Bjs
Vanessa e Sofia



Reconhecimento

Olha que legal o e-mail que a mãe do Nicolas mandou, é tão importante para nós o reconhecimento dos pais.
Obrigada!

Oi profe Tais

Olha o Nicolas aí!! Exibindo suas galochas que o protegem das poças de água
da chuva...
Ele é feliz porque é cercado de gente que o ama e tu és fundamental neste
crescimento dele como pessoa.
Abração!
Adriana

PS: quem tiver fotos "inusitadas" de momentos felizes, nos mandem para postar no blog.

terça-feira, 13 de julho de 2010

DIA DO ROCK

Hoje é dia do rock e lembrei que no ano passado comemoramos em grande estilo. Dá uma olhada lá nas postagens antigas.
Este ano temos nossa Festa Julina, marcada para amanhã e a comemoração não ocorreu.
Porém penso que a nossa geração e as crianças que estão hoje na escola, foram "sonhadas", "concebidas", na sua maioria ao som do rock. Somos uma geração marcada por este ritmo que nos contagia e veio para ficar.
Estilos de rock, temos vários e cada um tem o seu preferido.
Sou fã do rock nacional, mas não tem como falar de rock sem falar nos Beatles, por isso vou postar uma homenagem em vídeo, às crianças que foram "sonhadas" neste ritmo ao som do rock nacional e vou postar outro vídeo com a utopia de um mundo melhor para todas as crianças e na minha opinião só Jonh Lennon, foi capaz de transmitir essa utopia de forma tão bela.

Imagine - John Lennon

Pais e Filhos-Legião Urbana

segunda-feira, 12 de julho de 2010

EDUCAÇÃO AMBIENTAL

ESTAMOS MUITO FELIZES COM AS VIVÊNCIAS OBSERVADAS DURANTE AS AULAS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL, SEGUE UMA FOTO, PARA VOCÊS TEREM UMA IDÉIA DO TRABALHO QUE VEM SENDO DESENVOLVIDO PELA PROFESSORA ADRIANA.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

As falcatruas do dia a dia

Este artigo foi publicado na Zero hora desta semana e reflete bem a problemática educacional que vivemos, seja na família ou na escola. Em ano de eleição vale a pena repensar atitudes antes de sair criticando os políticos.  E na hora de votar vamos pensar muito e avaliar com cuidado, pequenas ações podem fazer uma enorme diferença, neste caso o simples aperto de um botão será decisivo por um bom tempo.

As falcatruas do dia a dia, por Nélio Tombini*
Nosso cotidiano é recheado de atitudes enganadoras e tapeadoras que não deixam de ser falcatruas. Acompanhamos com frequência pessoas usando de esperteza para tirar vantagem. É difícil nos opormos a isto, pois muitas vezes nos identificamos inconscientemente com o espertalhão e com o desejo de também levarmos vantagem.
Exemplos de falcatruas: quando o filho pega o carro escondido do pai e a mãe alia-se a ele para que o pai não saiba, ou o rapaz alia-se ao pai para que a mãe não saiba que a namorada engravidou e irão interromper a gestação.
Aceitarmos a corrupção na política. O paciente com câncer que espera seis meses para ser operado pelo SUS. O rapaz sai com uma moça e noutro dia conta para os amigos como foi a noitada. A moça conta para as amigas que não vale a pena sair com o fulano, porque ele tem “tico pequeno”. O pai recebe o filho à noite e percebe que ele está alcoolizado e não toma nenhuma medida em relação ao ocorrido. A mãe radiante ao vestir a filha de 10 anos de uma maneira sedutora para a reunião dançante induz para que conquiste um menino através de sua aparência atraente.
Assistimos a jogadores de futebol simulando agressões e causando a punição do adversário, o que é aplaudido pelos torcedores. Vejam as maciças campanhas de cervejas, usando atletas do futebol. É um claro estímulo ao uso do álcool, que já é um problema de saúde pública. Ninguém se levanta contra essas campanhas enganosas. Não existe uma entidade pública como o Judiciário, promotoria ou associações médicas para nos protegerem dessas falcatruas?
Outro dia, dei uma palestra num colégio “top” de Porto Alegre e fui ao banheiro dos alunos homens do segundo grau. Para minha surpresa, não havia papel higiênico nem toalhas para secar as mãos. Saindo do banheiro, deparei com uma atendente numa mesa onde havia papel. Perguntei a razão dessa conduta. Disse que os alunos entupiam os vasos ou jogavam o rolo de papel pela janela. Pensei: “Aqui, o colégio é refém dos alunos. Tudo indica que os colégios não desejam endurecer com os alunos, pois poderão perdê-los para outros colégios mais tolerantes com os distúrbios de conduta”.
Escuto seguidamente que alguém usa droga devido às más companhias. Não tenho dúvida de que as más companhias estão dentro de nós, em nosso caráter. Nossa sociedade é conivente com as falcatruas do dia a dia, amparadas no desejo de levar vantagem e na ideia de que os meios justificam os fins.
Este jeito de levar a vida poderá estimular nas crianças e jovens a percepção de que tudo vale a pena e que tudo dará certo lá na frente. Crescem com a ideia de que ter dinheiro, amigos poderosos e influentes ou conquistar uma mulher gostosa ou um homem atraente torna-se o sentido da vida. Doce ilusão. Alcançam esses objetivos, mas ficam vazios internamente, deprimidos, desenvolvem ansiedades, síndrome do pânico, bebem em excesso ou usam outras drogas e a vida segue sem sentido.
*Psiquiatra, responsável pelo Serviço de Psiquiatria da Santa Casa de Porto Alegre

quinta-feira, 1 de julho de 2010